Como tornar-se um bom professor
terça-feira, 17 de setembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Reciclagem com a Turma da Mônica
Uma ótima dica para teu projeto sobre Reciclagem!
Um Plano para Salvar o Planeta (Especial de férias 2011) | Turma da Mônica
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
domingo, 8 de setembro de 2019
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Ana Maria Machado - Menina Bonita do Laço de Fita (Texto)
Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Ruth Rocha - Bom dia, todas as Cores! (Texto)
Meu amigo Camaleão acordou de bom humor.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho, mudou sua cor
Para a cor-de-rosa, que ele achava
A mais bonita de todas, e saiu para
O sol, contente da vida.
Meu amigo Camaleão estava feliz
Porque tinha chegado a primavera.
E o sol, finalmente, depois de
Um inverno longo e frio, brilhava,
Alegre, no céu.
- Eu hoje estou de bem com a vida
- Ele disse. - quero ser bonzinho
Pra todo mundo...
Logo que saiu de casa,
O Camaleão encontrou
O professor pernilongo.
O professor pernilongo toca
Violino na orquestra
Do Teatro Florestal.
- Bom dia, professor!
Como vai o senhor?
- Bom dia, Camaleão!
Mas o que é isso, meu irmão?
Por que é que mudou de cor?
Essa cor não lhe cai bem...
Olhe para o azul do céu.
Por que não fica azul também?
O Camaleão,
Amável como ele era,
Resolveu ficar azul
Como o céu da primavera...
Até que numa clareira
O Camaleão encontrou
O sabiá-laranjeira:
- Meu amigo Camaleão,
Muito bom dia e você!
Mas que cor é essa agora?
O amigo está azul por quê?
E o sabiá explicou
Que a cor mais linda do mundo
Era a cor alaranjada,
Cor de laranja, dourada.
Nosso amigo, bem depressa,
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo alaranjado,
Louro, laranja, dourado.
E cantando, alegremente,
Lá se foi, ainda contente...
Na pracinha da floresta,
Saindo da capelinha,
Vinha o senhor louva-a-deus,
Mais a família inteirinha.
Ele é um senhor muito sério,
Que não gosta de gracinha.
- bom dia, Camaleão!
Que cor mais escandalosa!
Parece até fantasia
Pra baile de carnaval...
Você devia arranjar
Uma cor mais natural...
Veja o verde da folhagem...
Veja o verde da campina...
Você devia fazer
O que a natureza ensina.
É claro que o nosso amigo
Resolveu mudar de cor.
Ficou logo bem verdinho.
E foi pelo seu caminho...
Vocês agora já sabem como era o Camaleão.
Bastava que alguém falasse, mudava de opinião.
Ficava roxo, amarelo, ficava cor-de-pavão.
Ficava de toda cor. Não sabia dizer NÃO.
Por isso, naquele dia, cada vez que
Se encontrava com algum de seus amigos,
E que o amigo estranhava a cor com que ele estava...
Adivinha o que fazia o nosso Camaleão.
Pois ele logo mudava, mudava para outro tom...
Mudou de rosa para azul.
De azul para alaranjado.
De laranja para verde.
De verde para encarnado.
Mudou de preto para branco.
De branco virou roxinho.
De roxo para amarelo.
E até para cor de vinho...
Quando o sol começou a se pôr no horizonte,
Camaleão resolveu voltar para casa.
Estava cansado do longo passeio
E mais cansado ainda de tanto
mudar de cor.
Entrou na sua casinha.
Deitou para descansar.
E lá ficou a pensar:
- Por mais que a gente se esforce,
Não pode agradar a todos.
Alguns gostam de farofa.
Outros preferem farelo...
Uns querem comer maçã.
Outros preferem marmelo...
Tem quem goste de sapato.
Tem quem goste de chinelo...
E se não fossem os gostos,
Que seria do amarelo?
Por isso, no outro dia, Camaleão levantou-se
Bem cedinho.
- Bom dia, sol, bom dia, flores,
Bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha
Cheia de orvalho,
Mudou sua cor para
A cor-de-rosa, que ele
Achava a mais bonita
De todas, e saiu para
O sol, contente
Da vida.
Logo que saiu, Camaleão encontrou o sapo cururu,
Que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
- Bom dia, meu caro sapo! Que dia mais lindo, não?
- Muito bom dia, amigo Camaleão!
Mais que cor mais engraçada,
Antiga, tão desbotada...
Por que é que você não usa
Uma cor mais avançada?
O Camaleão sorriu e disse para o seu amigo:
- Eu uso as cores que eu gosto,
E com isso faço bem.
Eu gosto dos bons conselhos,
Mas faço o que me convém.
Quem não agrada a si mesmo,
Não pode agradar ninguém...
E assim aconteceu
O que acabei de contar.
Se gostaram, muito bem!
Se não gostaram, AZAR!
O Professor Sábio
"O professor sábio sabe que cinquenta e cinco minutos de trabalho mais cinco minutos de risada valem o dobro do que sessenta minutos de trabalho invariável."
Gilbert Highet
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